quinta-feira, 17 de março de 2011

O comissário europeu da Energia, Günther Oettinger, criticou, hoje, a actuação do Japão no combate à crise nuclear na central de Fukushima e disse esperar “evoluções catastróficas” nas próximas horas.

O Comissário em questão, pese embora o excesso de adjectivos, foca o fundamental. De facto, é intolerável assistir quase em directo às medidas desesperadas para tentar controlar os reactores em causa. Intolerável por que toda a gente sabe o quão frequente e potencias são os terramotos e maremotos no Japão. Em verdade qualquer geólogo sabe que a zona onde se situa a central em referência é um triângulo onde se encontram e friccionam as placas da Euroásia, Filipinas e Pacífico. Donde, o desastre ora em curso não surpreende excepto os sempre optimistas em "Deus é Grande". Depois, qualquer especialista nuclear sabe que há que assegurar em qualquer situação 3 factores fundamentais de controlo , a saber : 1. Sistemas de arrefecimento do reactor redundantes, o que inclui obviamente quer tubagens, válvulas e bombas redundantes. 2. A energia eléctrica gerada  se cortada de rompante (derrube das linhas de alta tensão ou das torres que as suportam, o reactor tem de ser desligado sob controlo desde logo porque, se o for de rompante ou seja introduzir as barras de controlo de boro no reactor, estas serão destruídas.3. Os sistemas de controlo devem possuir baterias de emergência sempre activas!

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