O mês de Abril será particularmente “difícil” para a gestão da dívida pública portuguesa, com grandes montantes a vencer, alertou a economista norte-americana Carmen Reinhart, que acredita que o país terá de recorrer ao FMI.

Esta economista toca no ponto fundamental da inépcia e incompetência europeia em atacar de frente os problemas fundamentais do euro. De facto, para além da moeda comum não existe mais nada senão os interesses de cada estado membro como se verifica nos Conselhos europeus e ECOFIN. Ao contrário dos USA, a Zona euro com a Alemanha e França a cavalgarem a onda da hipocrisia monetária, os USA jamais se permitiriam que um qualquer seu Estado federado ficasse insolvente perante os Mercados. Dos 51 Estados, mais de metade estão na falência há nos, a começar pela Califórnia. Todavia, a Califórnia representa 18% do PIB americano e 10% das exportações de alto valor acrescentado. Imagine-se o que significaria para os USA abandonar este Estado à rapina dos Mercados! Ora, vejamos a Europa    e sobretudo atentemos na forma e conteúdo como enfrentam um problema comum ou seja a sua moeda : cada um por si e que Deus ajude. Esta atitude, decisão e sobretudo incompetência monetária, é insustentável a prazo e nada será com antes...A Europa precisa imperativamente de decidir o seu futuro enquanto unidade monetária e económica, donde necessita de coerência e visão macro-económica e particularmente na reestruturação do seu mercado financeiro  e bancário.