sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Exército egípcio alinha com o regime de Mubarak

A linguagem militar é por natureza "codificada" e o que parece ser, amiúde não o é. Ouvi atentamente as declarações do porta-voz do Conselho Superior das Forças Armadas e não fiquei convencido, de todo, de que o comunicado publicado evidencie apoio ao Regime como insinua o artigo em refª. Será importante recordar que tradicionalmente as forças armadas do Egipto são a garantia última da coesão nacional, donde qualquer intervenção militar contra civis seria um precedente grave e com consequências muito graves para o país e forças armadas. Qual o general ou comandante operacional com sangue frio q.b. que ouse dar a ordem de fogo sobre civis? Para além da responsabilidade criminal em conformidade com o Direito Internacional, o País ficaria a ferro-e-fogo e pior sem qualquer dos fundamentais problemas resolvidos. Resulta que se os militares tiverem de intervir, será para depor o regime e não o contrário. Desde logo por que sabem por demais que o contrário ( apoiar o regime moribundo) seria irresponsável e contrário à missão suprema das Forças Armadas.

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